O quê que eu te fiz?
Ai que vontade de voltar a uma
época que gentilezas, agrados, solidariedade, atenções, eram feitas para as
pessoas de bom grado; porque você tem bom coração e aprendeu com os pais a ser
bom também.
Hoje, você é compelido a aceitar
tudo, dar esmola, dar passagem, ceder ao outro, concordar com tudo que o outro
ser humano faz, mesmo que te prejudique, porque ele te culpa por todas as
mazelas do mundo, todo o racismo que sofre, como se você fosse culpado por tudo
e, ele é a única vítima que tem direito de conseguir tudo pelo esforço ou
desistência dos outros.
Com tom de desabafo eu digo:
Estou cansada disso!
Coisas simples que demonstram
falta de educação e, você, educado que é tem que ficar calado para não receber uma resposta “na cara” de
que você errado. Querem exemplos? Passar na frente dos outros na fila em caixa
eletrônico; atravessar a rua fora da faixa de segurança com toda a tranqüilidade
do mundo, atrapalhando carros e, podendo causar acidente, sem mesmo dizer um
obrigado FORÇADO; ter que dizer que concorda com cotas da vida, para não ser
taxado de racista; dar esmola no trânsito porque se não der, o mendigo fala mal e te culpa pelo o seu infortúnio;
tenho que aceitar tudo que se vende por telefone ou banco, porque ele está
trabalhando e tem meta para cumprir, e, você sem dinheiro tem que aceitar.
Mais exemplos: tem que deixar
carros dirigindo de forma imprudente e cortando o trânsito entrar na frente do
seu carro, porque você sempre é errado e eles estão com pressa; tem que
concordar com invasões de terras de outrem, porque ele não procura de maneira
honesta comprar uma casa ou terreno, e, todo mundo tem obrigação de dar uma
casa para ele; enfim, segue a lista com coisas que tem incomodam.
Eu não tenho culpa pela
escravidão da história; se fosse alemã, não teria culpa pelo holocausto; eu não
tenho culpa que a pessoa é viciada em drogas e precisa de dinheiro para
sustentar o vício; eu não tenho culpa que não posso comprar todos os seguros do
mundo para o empregado cumprir a meta do mês, ou pagar todas as TVs por
assinatura para que ele ganhe salário; enfim, qual é o meu papel como ser
humano? Ser culpado? Eu não posso ser vítima então?
Pessoalmente, ninguém me quer
pagar pelo meu trabalho como advogada, meu ganha-pão e, tenho que ter todo o
dinheiro do mundo para dar para todos os pobres? Faço a minha parte solidária
quando posso, mas, sentir-se compelida a aceitar tudo, não sou obrigada não!
Aprendi na filosofia e, na
educação de meus pais que o ser humano é responsável por si, cada decisão tem a
sua conseqüência, e, dependendo das circunstâncias da vida, adapta-se e procura
a se superar.
Sou a favor de excelência em
ensino público para que todos, negros, amarelos, vermelhos e brancos tenham a
mesma qualidade de ensino e, igualdade para conquistar um bom trabalho, uma
vaga na faculdade, ou seja, uma boa oportunidade na vida. A única cota
favorável a meu ver é para pessoas de necessidades especiais, cujas empresas,
não têm a cultura enraizada ainda de oferecer trabalho, pois demanda muita
adaptação por parte de muitos.
Quem se coloca como vítima o
tempo todo, está perdendo o tempo precioso de se ver realmente, como pessoa, além
de conhecer as suas características peculiares e, vivencia a sua evolução superando desafios da vida.
Tenho exemplos incríveis em minha
vida, de pessoas que deram “a volta por cima”, seja pela questão de pobreza e
vivência na rua desde cedo, racismo e deficiência, e, dependência por
entorpecentes. Fácil não é, mas, se demonstrar uma honestidade na vontade de
mudança, sempre terá apoio dos outros, sem que precise coagir ou passar a sua
raiva para o outro ser humano.
Viver é bom, mas, quem disse que
é fácil? A vida é uma escola sem férias.
O desafio do momento é não se
intoxicar com as maldades do fracassados assumidos e, conseguir ainda ser bom
de coração para reverter essa onda de negatividade. A estrada tem que ser
seguida. Então voltemos a caminhar. Até breve!
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