Falta de tempo ou falta de interesse?
A frase na reflexão foi escolhida
“a dedo” pela razão de concordar completamente com a afirmação. Mas, antes da
perda de interesse, há algum fato que gere a perda da confiança. E, isso vale
para se analisar em ambas as posições, seja você “deletar” alguém de sua vida
como, alguém “deletar” você.
Já escrevi sobre amizade nesse
blog, logo no começo de sua criação, mas, por esses dias, estive pensando sobre
amizade novamente quando percebi o quão difícil é a tentativa de se encontrar
pessoalmente com todos os seus amigos, nessa vida caótica de cidade grande. E,
parentes de outra cidade então?!
Esse ano como meta, eu me
comprometi a ver todos os meus amigos, nem que seja uma vez por ano e, parece
que não, a minha agenda de compromissos de fim de semana está cheia. Bom isso
não? Mas esbarro em um pequeno problema, grande parte te encontra fora de casa,
logo, muitos gastos a vista, ou, investimento sob um ponto positivo. Bom papo,
boa comida, bom teatro, boas noitadas e abraços sinceros (espero).
A questão principal é perceber
que alguém não quer mais a amizade com você e, só não o desliga totalmente por
educação, ou para não ser o vilão da história. Eu não acredito mais que, a
velha desculpa que a vida mudou muito e, você não seguiu o mesmo caminho junto,
faz com que não há tempo para uma mensagem de “como vai você”. O interesse na
sua pessoa e, vice-versa é o que conta.
Torcer para que o seu amigo tenha
sucesso, seja em que fase está é o essencial. Querer ouvir as suas histórias é
precioso, e, você faça a sua parte também. Hoje tenho duas amizades na UTI. Uma,
eu confesso que até sei o que fiz para me deixar na UTI, mas, o gozado é que essa
pessoa sempre procura ver a minha vida. A questão é que discordei sob um
aspecto religioso, ou não quis fazer parte dele e, não deve ter gostado de uma
observação que fiz sobre uma atitude que achei desrespeitosamente.
A segunda amizade, eu confesso
que não tenho tempo de vê-la, ainda porque seus horários estão preenchidos com
filhos, trabalho e lazer que não faço parte; mas, tenho um carinho por esta
pessoa. Mas, não vejo interesse por parte dela em minha vida.
E os parentes? Sabe aquele tio,
primo que mora em outro estado, não liga para saber como você está, não tem
dinheiro para te visitar e, só os vê quando aparece lá? Esses são os mais
problemáticos. Parece que só você se esforça e, com isso, você acaba perdendo o
interesse em procurá-los ou, pior de partilhar a sua vida com eles.
Hoje a dificuldade está em achar uma data que acerte o tempo livre do
grupo, ou é a chuva forte que alaga e atrapalha a ida, ou mora tão longe que
você não sai da zona de conforto para ir vê-lo, entre outros probleminhas
urbanísticos. Eu, por exemplo, já me acostumei a não ter amigos em casa pelo
fato de morar em outra cidade. Quando quero sair, sempre fico quase que 80% do
caminho, que ele julga ser o meio para ambos; mas, como quero vê-lo vou.
Não culpo essa posição, pois
antigamente, os amigos quase sempre eram do mesmo bairro, escola, e da mesma
rua; e, quando se mudavam, era fatal a amizade acabar.
Eu acredito e prego que para
manter a amizade, independente dos percalços da vida, nem que seja uma mensagem
no facebook, ou celular, ou email, perguntando “Como você está? E a família?” ,
demonstra que você tem sim interesse pela pessoa e por sua vida, que você pensa
nela. Caso não tenha resposta, nunca, pena....faço a minha parte. E sigamos em
frente!
Texto de Monica Rizzo Lopes
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