O que é caro realmente?

Já faz certo tempo que me pergunto o que é realmente caro no mundo do consumo. Será que uma televisão, uma cama, um vestido, um sapato, uma bolsa, uma viagem, cada um deles no mesmo valor, R$ 1.000,00, o que é caro?
Confesso que sou consumista em viagens, e, me sinto muito culpada por comprar objetos apenas por vontade; muitas vezes, quando compro uma camiseta nova, dôo duas velhinhas em bom estado. Sapato eu tenho de acordo com minha necessidade e, substituo por outro. Mas, isso foi em decorrência por ter falido financeiramente aos 30 anos. E, minha relação com dinheiro mudou completamente.
Mesmo se tratando de viagens, costumo acumular o dinheiro antes, para não ficar devendo após a chegada dos bons momentos e, se tornar uma tortura para pagar os excessos compulsivos.
Porém, no mundo onde a palavra crédito está a cada metro de nossos olhos ou, duas ou três vezes nas chamadas telefônicas, realmente as pessoas piram!
A principal relação a ser tratada é com o dinheiro. Ele diz o que você pode e, se você tiver juízo obedece. E, caso queira algo a maior, faz um esforço para acumular e poder ter o que deseja.
Não há fórmula mágica para multiplicar dinheiro ou, gastar e continuar tendo ainda mais. Você pode ganhar muito bem, porém, se gastar além, sempre estará precisando. Até mesmo o super rico, algum dia já se viu ou se verá em dificuldades, todavia, esses se arriscam mais. Por  um lado é bom, pois empreendem e dão empregos, por outro lado, caso fracassem, se tornarão devedores para muita gente.
O que realmente buscamos é qualidade de vida, boa vida; o luxo, o supérfluo vem em propagandas só para seduzir nossos olhos. Quem nunca viu a criança que quer muito um brinquedo e, quando ganha,  brinca por 30 minutos e esquece no canto do quarto?
Eu uso uma tática, com três perguntas básicas: Eu preciso? Eu posso? Eu irei usar? Isso me ajuda muito e, em caso de culpa já me imponho a regra da doação do antigo.Para mim, funciona.
Consumista ou não, a relação de consumo implica muito mais  na relação entre homem, dinheiro  auto-satisfação pessoal; quanto mais vulneráveis estamos, mais acreditamos que o novo aparelho de TV trará uma sensação de bem estar maior que o anterior. Será? Sempre precisamos rever o “eu” consumista,sempre! Se não, teremos que descobrir a fórmula mágica para pagar as dívidas, causa de muitos suicídios e, vidas despedaçadas andando como moradores de rua.

Dinheiro é bom, mas você precisa dizer que é dono dele. Até breve!
texto de Monica Rizzo Lopes

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Humildade não é sinônimo de pobreza

A Geração do Milênio não está dando conta?