Nação: sociedade sem povo e Governo sem função social

Há muito tempo, em passos imperceptíveis aos olhos da maioria das pessoas, mudanças na sociedade e na ordem governamental vêm acontecendo; as necessidades básicas não estão sendo supridas e, as cobranças dos cidadãos para com os seus governantes estão aparecendo nos noticiários do mundo.
Os ventos de mudanças, matéria escrita por Silvio Caccia Bava, publicada no jornal Le Monde Diplomatique Brasil, em julho de 2011, traz uma visão clara da transição de novos caminhos que os Governos vêm adotando. Ainda há incertezas!
Há certo tempo venho refletindo e lendo sobre o tema, analisando a história das formas de Governo, o que deu certo e o que deu errado. Diante de um capitalismo selvagem e de um comunismo rígido e fechado, penso que está na hora de aproveitar as boas idéias que funcionaram entre os dois tipos de poder, e, buscar um terceiro que preze os direitos, a liberdade, a dignidade e a boa qualidade de vida dos moradores desse planeta.
Os pedidos explícitos de reforma que a TV vem mostrando ultimamente, na Grécia, na Turquia, na Tunísia, problemas financeiros dos Estados Unidos, Espanha, Itália, mostra de forma cristalina que o ser humano, acima de tudo, não vive com uma ração mínima distribuída. Ele quer trabalho e condições de viver, e, não sobreviver.
A política do “welfare state” em alguns países funcionam, ainda hoje, bem. Mas, em muitos outros países não. Aliás, no Brasil, não deu certo. E, nos Estados Unidos, não estão suportando mais a demanda. Os impostos estão para isso, todavia, se não é aplicado de forma correta, para onde vai a renda arrecadada?
Para quem não conhece, “welfare state”, em português, política do bem estar social, é uma política que visa colocar o Estado como agente principal para a promoção social e organizador da economia, suprindo as necessidades básicas dos cidadãos, como saúde, educação, moradia e segurança.
Nos dias de hoje, os políticos não têm vergonha de demonstrar para a população, para onde o dinheiro dos impostos estão indo, suprindo as necessidades pessoais deles e, distribuindo algum tipo de renda para os miseráveis, somente com o intuito de campanha eleitoreira. A economia, em vez de primar para projetos com alto índice de criação de empregos, prima sim, para financiamento de tecnologias que dispensam pessoas no trabalho. O povo vive do que? De que forma conseguirá trabalho sem preparo técnico e escolar?
Então, a Nação, cujo conceito é “ o País independente e organizado.” Já ela é formada, por povo, território e soberania. Diante, do novo quadro de Governo que temos atualmente, o Governo não tem função social e o povo é um mero detalhe para os governantes que, está começando a se tornar um problema para eles. O povo é um problema que está sem controle em alguns países, ameaçando a tranqüilidade do Poder.
Para finalizar, Silvio Caccia Bava, descreve bem um aspecto preocupante. Em sua matéria, afirma que com ventos de mudança, que são necessários, “ não é certo o que virá a seguir”. Realmente, irá depender dos novos interesses políticos e de quem ocupará o Poder.
Bibliografia: Le Monde Diplomatique Brasil – Julho/2011 – matéria “Os ventos de mudança”, Bava, Silvio Caccia.

Texto de Monica Rizzo Lopes

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