As ausências de Pais na vida de uma pessoa

Perto da comemoração do Dia dos Pais, me parece que a data, comemorada há tantos anos, está desatualizada para os quadros reais das famílias de hoje.
Em pesquisa realizada sobre a formação das famílias, a grande parte delas apresenta-se como uniparental, ou seja, a figura da mãe ou do pai somente, e, na maioria apenas a mãe é a referência. Então, conclui-se que faltam pais para nossas crianças!
Na minha experiência em advocacia familiar, vejo muito as mulheres afastando o convívio dos homens com os seus filhos, condicionando-os ao pagamento da pensão, aliás, isso gerou o fenômeno da alienação parental.
Caso o afastamento fosse causado em razão de envolvimentos de drogas e outros vícios, violência e outros desequilíbrios comportamentais, razão teria essas mães de evitar o contato para não colocar em risco a vida dos filhos.
Mas, o pior é a desistência dos próprios pais em insistir no seu direito de convívio. Esse comportamento é independente de classe social, como também a atitude feminina de afastar o pai. Já ouvi histórias de pessoas da classe menos favorecida a classe abastada e culta. Eu concluo que quando o ódio, a mágoa e o ressentimento estão em jogo, esquece a razão e o bom senso.
O mais lamentável é ver mães que parem para ter um produto (o filho) para cobrança legítima de pensão, como fonte de renda. E, eu como mulher, lamento ainda mais que essa prática não é exceção.
O que será dos filhos sem uma figura paterna que ensine moralidade, demonstre carinho, amor por eles? Como será as relações amorosas futura desse adultos? Será que eles acharão normal abandonar alguém, maltratar, desrespeitar, agir com violência?
Eu tive a sorte de ter nascido em uma família estável, com duas figuras masculinas fortíssimas, meu avô paterno e meu pai. O meu avô André me ensinou os princípios morais como honestidade, dignidade, gosto ao trabalho, respeito, coragem e solidariedade. Já o meu pai, além de reforçar os mesmos princípios, me mostrou a vida, até o seu lado mais podre, convivendo no seu trabalho na esfera policial.
O meu pai me ensinou sobre as mazelas da vida, observando-as e, mostrando que cada escolha que fazemos nos traz conseqüências e responsabilidade. Graças a ele, aprendi no amor, sem ter que passar por algumas experiências ruins, como exemplo, os malefícios da droga.Quantos clientes e pessoas eu vi, acabarem as suas vidas em razão do vício.
Graças a essas figuras masculinas, me tornei forte, independente, uma pessoa que raciocina por si só. O meu maior desejo é que todos tenham uma boa formação, podendo afirmar como eu, que é um ser completo, responsável e consciente.
Uma observação da vida é fato, os dez primeiros anos de uma criança é fundamental para receber educação, atenção, amor e bons exemplos dos pais.
Agora, alguns, aprenderão com a dor e com a vida!Que a vida seja generosa para esses filhos.


texto de Monica Rizzo Lopes

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