VERDADE SEMPRE, FRANQUEZA...ATÉ QUE PONTO?


Você sabe aquela qualidade que todo mundo admira no próximo, quando se refere à franqueza nas palavras? Quer dizer, uma parte, porque outra parte irá dizer que é grosseria. Esse é o tema de reflexão do texto. Até que ponto pode ser franco, com quem e, o preço que se paga pela sua manifestação?
Desde pequena fui educada a não mentir, como toda criança, e, com o tempo fui percebendo que falar a verdade em algumas situações, com certos tipos de palavras, torna-se rude, grosseiro e mal educado. Como exemplo, em velório, dizer que o morto não era boa gente, afirmar para a pessoa que realmente está gorda, e,  muitas saias justas da vida.
Mas, quando um amigo pede opinião sincera sobre uma situação complicada ou a afirmação de um defeito que foi denunciado à ele? Ser franco pode gerar a perda da amizade se, esse seu amigo não está aberto a te escutar, e, se usar palavras pesadas pode realmente ofendê-lo.
E, você está preparado para ouvir uma opinião franca sobre a sua pessoa? Esse é outro exercício de saber escutar.
Hoje, a liberdade de expressão, em minha opinião particular, está tolhida, porém, quando exercida, está acompanhada de responsabilidade por parte de quem a expressou, haja vista os números de processos por indenizações morais que têm na Justiça.
A ética nunca foi tão requisitada nos dias atuais, os termos “politicamente corretos” já fazem parte do nosso dia a dia.
Com os inimigos, é mais fácil sermos grossos, cruéis, e, para a sua tristeza, esses riem “da sua cara” e ainda o fortalecem o seu franco momento de verdade, porque eles sabem de algumas falhas de caráter e, não se importam.
Eu já perdi amizade, trabalho, quase não passei em um curso de Pós-Graduação por conta dos meus momentos de franqueza. E, com isso, aprendi que franqueza vem com uma dose de polidez, para não ser ofensiva, mas que expresse a sua mensagem. Quando for pessoa querida, exerça a verdade com palavras amorosas.
Nunca, mas nunca reaja em palavras na hora da raiva, é nessa hora que nossa franqueza é cruel!

Texto de Monica Rizzo Lopes.

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