Onde mora a generosidade? Na alma ou no DNA?
Eu não quero colocar nesse
artigo, a “velha” indagação se o homem
já nasce com má índole ou o meio é que o transforma; nos dias de hoje, vivemos
tempos Hobbianos, que se segue Thomas Hobbes, quando afirmou: “o homem é lobo
do outro”. E, isso perdura por muito tempo. Em sinal de eterna esperança, vos
digo que isso irá mudar um dia.
Mas, e, a generosidade? Onde ela
nasce?
Na verdade, essa semana eu parei
para pensar nisso quando vi uma cena na televisão que, me causou três sentidos diferentes
em cinco minutos. Isso me assustou um pouco, pois, demonstra que, no fundo, não
estamos preparados para todas as situações.
Em um desses programas que
mostram flagrantes de violência pela cidade, mostrou a prisão de dois rapazes
que furtaram um carro com a intenção de praticar crimes, assaltos, em Postos de
Combustíveis.
A desenvoltura em assumir e até
ser irônico com os policiais e a vítima não me surpreendeu tanto, pois, muitos
deles têm uma inteligência voraz que consegue mudar suas versões em segundos,
como realmente aconteceu, mas, não sabem convencer ninguém de que merece
liberdade.
Nessa cena, muito comum hoje em
dia, eu vi a maldade e a generosidade se confrontarem entre mãe e filho! Um dos
ladrões acabara de sair do segundo cumprimento de pena em sua vida e, nesse dia
tinha ido ao Fórum para uma audiência Admonitória; para esclarecimento, nessa
audiência, o Juiz diz o que ele pode e não pode fazer por um período.
A mãe em desespero tentou
convencer a todos que seu filho caiu na “armadilha do diabo” e, até ameaçou com
palavras a vitima, para colocar a mão na consciência em acusar o seu filho,
porque a Justiça de Jesus chega.
Bem, em primeiro momento, senti
dó dessa mãe, o que me repreendi por isso, pois, é o pior sentimento que temos
por alguém; após, senti raiva dela pela sua cegueira, na tentativa de provar
que o filho era inocente; e, por último, senti um vazio de não saber o que
realmente sentir, ainda mais quando vi, o cinismo de seu “pimpolho” algemado,
rindo, pedindo a sua “benção”.
A generosidade da mãe com o filho
é comovente, mas, será isso ajuda na formação do ser humano em casos de
demonstração de muita maldade com o mundo? Esse sentimento tão bom e sincero
soube dizer um não? A última coisa que eu quero é julgar e colocar a culpa em
alguém. Mesmo porque, percebi uma inocência perene na figura dessa mulher.
A generosidade deve existir e ser
incentivada para que todos os humanos a exerçam; os animais também as têm.
Então ela pode ser genética sim. E, para os que têm fé, mora na alma, na minha
simples opinião.
Texto de Monica Rizzo Lopes
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