A MECA DA CIDADE MODERNA
Eu vou deixar de lado um pouco
temas profundos, mas, também tanto quanto reflexivo sobre o nosso jeito de
viver. O “tal” do shopping e a expectativa que eles criam e o que eles
realmente oferecem.
Eu pensei e comecei a escrever
esse artigo mentalmente, durante uma sessão de quick massage, no shopping, ao
som de mantras, sonhando que estava no Tibet, alternadamente, me vendo no
computador escrevendo essas palavras. Mas, naquele momento, o que mais desejava
era um pouco de relaxamento e alívio de dor muscular nos meus dois braços.
É incrível que o shopping
modificou até a economia de uma cidade, pois, eu me lembro quando criança, eu
ia com minha mãe fazer compras de roupas
e sapatos no centro de São Paulo, nas lojas Mesbla, Mappin e Sears. Ou, na
famosa Rua Augusta, que, hoje, está maltratada com lojas fechando.
Hoje, em especial, fui até a “Meca
Urbana” do consumo para ver um sapato com minha mãe e, principalmente, fazer a
deliciosa massagem, e, não imaginava que com tantas pessoas em seus carros indo
viajar para o Réveillon, tivesse estacionamento lotado em plena tarde! Onde
brota tantas pessoas?!
E o desejo entra em ponto do artigo? Agora! As
pessoas vão ao shopping comprar de tudo praticamente, seja a partir de um
livro, roupa até os dólares de sua viagem, uma pausa de relaxamento da loucura
da metrópole e acúmulo de tensão, como eu. Eu cheguei a conclusão que preciso
voltar a aprender a meditar.
Os objetos de desejo têm preços,
não é gratuito, desde o seu estacionamento para ficar no lugar até um
apartamento, como vi hoje em um stand de vendas. Imaginem, você foi só no
cinema e saiu com um apartamento novo em promoção! Hilário!
No meio de tudo isso, será que
nossos desejos são satisfeitos dentro de um shopping? Percebo que ele tornou o
único ponto de divertimento de muitas pessoas, que esquecem que existem
teatros, parques, museus, ou bom aproveitamento de seu tempo livre em casa,
brincando com filhos. Eu tenho dó de ver crianças de dias de nascimento, passeando
nos corredores com os seus pais olhando vitrines.
Eu gosto de muitas facilidades
que o shopping oferece, sem pegar chuva, protegendo de mau tempo muitas vezes,
mas, até que ponto os desejos estão dentro dele? E o restante da cidade...ah!
isso é outro artigo que saíra em breve!
Até já!
Texto de Monica Rizzo Lopes.
Comentários
Postar um comentário