Diário de uma Brazuca- Os imigrantes que arrumam a sua casa.
Bem, eu vou dar o meu testemunho na área de Los Angeles, tudo bem? Pode
ser que em outros estados do país seja um pouco diferente, ou que tenha mais americanos
fazendo trabalhos de mão-de-obra, mas, em L.A, 85% dos trabalhadores que oferecem
ou que são empregados em obras e serviços em geral, são imigrantes.
Eu me lembro que o faz tudo de casa no Brasil é o respeitadíssimo
Raimundo, muito sábio para o engenheiro, já fez inúmeras reformas na casa dos
meus pais, colocou sacada, pintou, fez banheiro, etc. Em L.A, na minha casa ele
se chama Terence e é do Peru, já americano naturalizado, e, se não sabe fazer,
indica quem realmente ele confia e pode confiar.
Mas, já tivemos o portão automático da garagem quebrado, um israelense
nos atendeu, cobrou uma fortuna e, o portão quebrou mais duas vezes. Daí, a vizinha
nos indicou outra empresa, israelenses também que xingou o patriota e, cobrou
um preço menor e fez um ótimo serviço, pelo menos até agora.
Um encanador que veio em casa e, um lavador de carpete eram armênios, os
que cortaram a arvore do quintal eram latinos, o mecânico do carro é mexicano e,
assim por diante. Agora, dá para entender a importância e a praticidade do imigrante
no país. Muitos acabam por trabalhar em serviços técnicos, alguns mesmo ilegais
conseguem abrir empresa e, fazer dinheiro, dar boa vida para a família.
Muitos na agricultura, também são estrangeiros, alguns por intercâmbio
para ver como se trabalha com máquinas outros, ilegais mesmo sem educação
formal. E, quando você percorre o Texas e, vê muitas áreas agrícolas totalmente
abandonadas, até as casas, se preocupa sobre o boicote contra imigrantes, porque
o americano mesmo com maquinário, não consegue manter a produtividade. Isso é
sério.
Logo, com esse testemunho dá para pensar qual é o papel do estrangeiro,
podem chamá-los do que for, mas, ajudam a crescer o país em trabalhos menos
importantes para o ego, todavia, importantes para o seu bem estar e qualidade
de vida. Enquanto, os seus filhos, estão se americanizando, estudando e se tornando
técnicos de informática, médicos, advogados, engenheiros e, fazendo parte da
sociedade culta do país.
Quando fiz 1 ano e meio de Júnior College para estudar o Inglês e Espanhol,
um professor confessou a preocupação dele sobre os americanos jovens não
quererem mais ir para as Universidades. Enquanto estudantes internacionais e americanos
filhos de ilegais estavam invadindo Colleges, mesmo que seja um Júnior College
e, bolsa em menos importantes
Instituições. Não importa, eles estão buscando um lugar ao sol.
Logo, se o americano não abrir os olhos, mesmo contra estrangeiros, eles
irão conquistar muitos espaço na sociedade. Então, voltem a estudar. A minha
médica do plano de saúde é filha de chinesa, e, boa parte dos médicos que atendem os veteranos,
pelo que constatei acompanhando um amigo nosso no hospital, têm nomes de origem
da India, hispânica, chinesa, coreana.
Vivemos sem eles mesmo? Ops, eu faço parte das estatíscas, aliás, o que
tem de advogados brasileiros aqui procurando trabalhano na área como
assistentes de advogados, eu me tornei uma, Paralegal. Hehehe!!
Até breve!
Texto de Monica Rizzo Lopes
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