O MINIMALISMO JÁ TE CONTAMINOU OU CONTAGIOU?
Ser
minimalista agora pode ser moda para muita gente, para parecer “cool”, mas,
antes de qualquer coisa, você virou adepta a este movimento por consciência
mesmo? Se a resposta for positiva,
considere-se minimalista raiz, que segundo o site abaixo transcrito, o minimalista é “ algo
ou alguém adepto daquilo que é simples e elementar, considerado um
estilo de vida para indivíduos que buscam o mínimo possível de meios e recursos
para viver.”
O assunto tem várias
ramificações e assuntos coligados, como meio ambiente, consumismo, extremismo
de ambos os lados, forma de produção em massa, estilo de vida, sustentabilidade,
decoração, armário capsula, e por aí vai.
Por meses tentando
entender o movimento e, como pode ser favorável em sua vida, eu percebi que os
milênios são os mais minimalistas da sociedade atual, adotando o “ menos é mais
“ até na forma de viver, seja, só uma mochila, em uma van, ou de um tiny house.
Todavia, o que tem que term em mente é que viver favoralmente com o minimalismo
é viver e consumir conscientemente só com o que é importante e realmente útil.
O blog da brasileira
Ana Boch, resumiu um vídeo, seis tipos de minimalistas, e, achei interessante,
porque parece mesmo que se você não radical, você não é da patota. O que é uma
visão radical. Logo, segue os tipos que ela classificouÇ
1. Frugal – muito comum em lugares de chácaras,
fazenda, sítio, é aquele economiza tudo e, reutiliza tudo, não joga nada fora. Seja
o pote de vidro do molho, os restos de comida, ou seja, tudo tem serventia.
2. Gradual – aquele que ouviu sobre o movimento e,
claro, está começando aos poucos, por setores ou pelo lhe convém. A primeia
coisa é ser adepto ao armário capsula para comprar menos roupa.
3. Estético- na realidade é aquele que quer mostrar
ser minimalista, só usa cores básicas, roupas básicas, casa totalmente clean,
sem quase decoração , quase nada de móveis. Alguns são radicais, que não consomem
nada elétrico ou químico.
4. Minimush – aquele que testa de tudo e de diferente
caminhos para ver se adapta para reduzir mais e mais.
5. Nômade – a vida dele está em uma mochila. Tudo
cabe nela e,muitos são adeptos ao mínimos ítens para não consumir plástico ou
produto descartável.
6. Verde- é aquele preocupado com o meio ambiente e
tudo que é sustentável, só compra produto sustentável, slave worker free.
Aproveitando o gancho
do número 6, o minimalismo está tendo uma corrente mais expressiva dentro do movimento
ambientalista, e, está criando um segundo mercado de consumo, com produtos
alternativos,que mesmo que sustentáveis, não é propriamente mais em conta. Com a moda de lixo zero, produtos que
substituem papel filme, zip locks, canudos descartáveis, copos e canecas
descartáveis, papel alumínio, estão vendendo a rodo na Amazon.
Mas, não tem exagero
nas duas partes? Não está criando uma desconfiança na capacidade dos fabricantes
de se reinventarem a ser mais sustentável,e , você continuar consumindo
conscientemente os produtos?
Eu já vi vídeos de
pessoas que estão voltando a viver como nossos bisavós, e, eu me pergunto, com o que eles trabalham?
Não dá tempo para fazer tudo como antigamente e, ainda ter uma vida moderna na
cidade. Muitos são solteiros, e poucos são casais; com filhos, são raríssimos.
É certo que o
minimalismo está de certa forma mexendo no capitalismo, não para acabar, mas,
desenvolver de outra forma, com outros produtos. O consumo precisa ser
repensado sim, acredito que irão voltar hábitos de como reformar roupa, consertar
sapato, eletro-doméstico, reinventar mobília.
Ser anti-consumista e
viver com duas ou três peças de roupa, sem um secador de cabelo, sem usar xampoo,
sem aspirador de pó, ou um colchão descente, pode ser realmente um radicalismo
desnecessário, parece que a pessoa além de nômade, é anti-social, que se alguém
visitá-la terá que levar a cadeira dobrável para sentar e o próprio prato para jantar
na casa do amigo.
Ser acumulador e
comprar só por hábito, mesmo que não precise e, que pode estar barato, também
não é um hábito saudável. Parece que quer ver o mundo mais sustentável, sem ter
que se adaptar a novas regras e formas de viver. Eu moro em um país que muitos
gostam de comer em pratos de papel para não ter que lavar louça. Tudo bem para
uma festa e, mesmo assim tem que pensar nisso. O reflexo está na quantidade de
lixo que se produz.
E eu, articulista, que
está colocando estas palavras, sou minimalista? Eu me considero minimalista, porque procuro destralhar tudo
que não é necessário em casa, consumir menos plástico possível, estar em um
processo de ter um armário inteligente para quatro estações, trabalho e frio
intenso ( porque uma vez por ano viajo para um lugar bem frio) com número máximo de peças estipulado, ter o essencial e útil, mas, paro
por aí, acredito que o minimalismo material colabora muito para facilitar a
vida, todavia, o tal do minimalismo mental, digital, nas relações, é na verdade
outra coisa, e, não viver com o essencial, mas, uma questão de saúde mental e
equilíbrio anti-stress.
Eu já não compro muita
coisa, como perfume, relógio, papel filme, papel alumínio, utensílios de
cozinha inúteis, objetos de decoração, roupas de cama e banho
desnecessariamente ( só se precisar de troca), cremes e mais cremes que sei que
não vou usar, maquiagem desncessária, sapatos de salto alto, produtos com
várias embalagens pequenas, daí, opto pela grande em grande quantidade, bolsas,
e, segue a lista. Todavia, eu sei que economizo, mas, na verdade, não sobra
tanto dinheiro assim. Engraçado, ainda não consegui ver o acúmulo de muito
dinheiro por cortar estas coisas.
Por falar em dinheiro,
eu me questiono se estas pessoas não estão vivendo com menos, ou trabalhando
feito loucas e, acumulando dinheiro, vivendo de forma estrita. Eu sei que um
grupo de judeus vivem de forma módica e, trabalham muito, fazendo dinheiro,
porém, os minimalistas pelo que vejo estão viajando mais, vivendo de blog ou
vlog, vendendo, muitas vezes o seu estilo de vida na internet. Para onde vai o
dinheiro? Será que um dia ainda vou ver para onde vai o dinheiro ?
Seja minimalista consciente,
e, não por modismo, não precisa agradar todo mundo. Tudo que é feito
superficialmente não tem crédito algum, acredite.
Texto de Monica Rizzo Lopes
Comentários
Postar um comentário