Mundo afora - Route 66 Missouri to California – Não deixe as cidades morrerem.
É a segunda
vez que passo pela famosa Rota 66, em partes, claro, mas desta vez foi em mais
quilometros e Estados. A viagem na realidade começou em outra rodovia cortando
Arizona, Novo Mexico, Texas, Oklahoma e chegando em Missouri. O motivo foi o
falecimento de minha sogra e, como uma forma de viver essa dor, o meu marido
quis vivenciar uma viagem que fez de carro com os pais em 1974.
Ver a
vegetação, cidadezinhas, tipos de casas e características de cada Estado foi
muito interessante. Adorei a parte verde de Novo México e, achei legal a cidade
de Sprinffield, cidade natal de Brad Pitty.Mas, a mágica do caminho começou com
muitas surpresas com a visao do caminho de trem levando em torno de 50 carros
de Guerra, daqueles que vemos em filme que passa em Iraque, ver um caminhão
levando uma peça de uma espaço nave, passar pelo meio de uma grande tempestade,
que na realidade, não foi tão grande assim, mas, que o rádio dava alerta e, o
céu me surpreendia com cada formação de nuvens, cores e raios.
O mais
legal foi passar pelo caminho onde aconteceu as lutas entre branco e índio e, cada
território de tribos americanos, com cada um com suas características. Onde
gravou muito filme de faroeste.O meu pai iria amar!
O mais
triste foi ver cidades morrendo, sendo abandonadas no caminho, parecendo cidades
fantasmas. E, ficamos indagando se a mudança de carro para avião não colaborou
para isso, além, da questão da economia em alguns lugares, como óleo no Texas
que não se produz como antes. Campos de agricultura praticamente sem cultivo,
porque o dono da terra recebe mais em auxilio do Governo que plantando. Isso é doloroso
de se ver, como o povo vive? Fica a questão.
A pausa de
um dia na casa de um amigo e irmão foi extremamente prazerosa, festejando a
amizade e a nova forma de família de coração, com um jantar fantástico super
típico chinês preparado por Chunyan, sua esposa. Além de um café da manhã de
hotel 5 estrelas.
A tristeza
da perda da matriarca da família se transformou em momentos de realização e vivência,
e, a vida é isso. Viver cada minuto e, festejar a vida. Eu entendi a homenagem
que Karl fez para a mãe. Eu que agradeço ter participado disso.
Testemunho
de Monica Rizzo Lopes
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