ENTRE O DIABO E ANJO NOS OMBROS
Alguém já assistiu o desenho
animado da Disney com o Pateta, em que ele é um pacato cidadão e, no volante se
transforma em um monstro? Eu estou chegando a conclusão que se o bom moço
colocar um uniforme para ir à Guerra, acontece o mesmo. Tudo bem, que está indo
lutar pelo o seu país, tem a luta para se manter vivo e sobreviver nos horrores
dos combates, bem hoje, estamos mais tecnológicos, porém, tem o lado do
diabinho que fala mais alto.
Eu afirmo isso porque
ultimamente eu tenho lido e assistido muitas histórias e relatos de pessoas que sofreram em guerras
abusos pelos países invasores e conquistadores e, na própria conquista por
novas terras na América e África, a história se repetiu no mesmo movimento e
ações.
O homem se permite em
tempos de conflitos e guerras cometer chacinas, estupros e sequestros. E, em
tempo de paz isso é abominável, mas, na hora de lutar contra alguém ou um país
inimigo, isso não é nada demais. O quadro
da criança sem parentes em um campo de refugiados ou de concentração passando
fome é muito mais profundo com sequestro de mulheres para serem escravas
sexuais, chacinas e, estupros de meninas para mostrar o seu poder.
Outra característica
neste quadro é a tentativa de compra do inimigo com jóias, dinheiro, favores se
as vítimas puderem fazer para se salvarem. Pode ser que funcione um tempo, mas,
no final acaba sendo morto.
Eu terminei o livro “ O
Tatuador de Auchwitz “ de Heather Morris, que aliás, vale a leitura. É uma
história real onde um casal, que formou um casal no campo de concentração, sobreviventes
e trabalharam para SS dentro do campo por terem tido um pouco mais de serventia
por alguma cultura ou qualificação, e, o tatuador Lale falava mais de 5
idiomas, logo, perfeito para o trabalho.
No livro Lale, o tatuador, usou muito de influências para conseguir
cobertores, comida extra, chocolates com
soldados e ajudar os prisioneiros que, tinham escondidos pedras preciosas e
algumas jóias, não me pergunte como. E,
como foi narrado, acredito que em muitos lugares e situações semelhantes isso
também aconteceu.
Mas, o que realmente me
impacta é em que ponto o julgamento de alguns atos muda por questões de poder
ou da alegação de sobrevivência. Não é um privilégio de um ou dois países que
agiram assim, mas, na sua maioria. O estupro é o mais comum, e, mesmo dizendo
que se tem uma verba para custear prostitutas para soldados, sempre tem denúncia de sequestros de mulheres jovens tratadas
como escravas sexuais.
Essa violência poderia
ser desnecessária de certa forma, pois em tempos de paz, repito os mesmos soldados
e líderes repudiam essas atitudes, principalmente se envolver alguém próximo. Já
é complicado lidar com tentativas de conquistas pela força de outros
territórios impondo uma diferente cultura, bombas, mortes de civis e assim por
diante.
O mais irônico que em
toda guerra a desculpa é a necessidade de retornar a paz no local atacado ou
manter a paz no seu país. Vai entender o ser humano, será um extraterrestre
consegue nos entender? Até mais!
Texto de Monica Rizzo Lopes
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