Prefiro os doidos que os normais

O título é provocativo à sua reação a esta afirmação, em razão de começar a refletir sobre a questão da sanidade mental e a convivência humana mais próxima, ou seja, os amigos. Eu já escrevi sobre ser um pouco anormal faz bem, em Médico e louco todo mundo tem um pouco, que está na página deste blog.

Mas, o tópico hoje é outro. Eu não sei “ porque cargas d´água” fiquei refletindo sobre ter um amigo ou conhecido, ou até mesmo colega de trabalho que apresenta um comportamento controvertido, o qual te faz pensar se é maldade ou algum tipo de problema mental.


Algum de vocês leitores já se depararam com isso? É claro que brincamos entre amigos, dizendo gente doida atrai gente doida, porém, uma coisa é dizer que é doida porque faz esporte radical, tem algum lazer que se paga mico; outra coisa é se deparar com atos que classificamos maldosos, vingativos, que prejudicam os outros.

Nesse ponto é que mora o perigo do julgamento. Mas, para pensar sobre o assunto, peço que se coloque na posição de uma amizade, ou relação próxima de trabalho. Seria melhor acreditar e ter a certeza de que a pessoa tem problemas, síndromes mentais, ou, aceitar que ela é realmente má? Com quais delas você gostaria de continuar a conviver?

Eu, a bloqueira, já trabalhei com duas pessoas bipolares e, já tive clientes na advocacia com síndromes mentais. Eu confesso que já senti medo delas, conseguindo me afastar e bloquear o contato. Porém, tenho relação de amizade com pessoas bipolares, uma sabe e a outra diz que não é. Aliás, admitir ter algum desvio de conduta provocada por uma característica genética não é fácil.

Ao me deparar com atitudes imorais, a ponto de parecer maldade, insensibilidade, não afetividade de longo relacionamento, me fez colocar em alerta até que ponto você consegue seguir tendo o mesmo sentimento sem se sentir ameaçado em ser a próxima vítima.

Os atos amorais não te afetam a ponto de te prejudicar, só podem, até certo momento te chocar por não ser o seu ponto de vista, ou de agir, mas, que não te afeta com os demais.
Pessoalmente, eu cheguei a conclusão que é mais confortável conviver, mesmo que com limites com uma pessoa com algum problema mental que com uma pessoa literalmente má. Mesmo que ambas te coloquem em uma posição de medo. Um medicamento diário resolve ou alivia a questão em caso de síndrome, mas, a maldade não, não tem comprimido para anulá-la.

E, você? Qual seria o seu posicionamento? Pense nisso. Até breve!

Texto de Monica Rizzo Lopes 

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