Os dias de exageros

Estamos a flor da pele definitivamente! Espanta-me ver que tudo, literalmente tudo é exagerado; seja comportamento, sentimento, pensamento, expressão de opinião, e assim segue.
Está quase insuportável relacionar-se com alguém socialmente, lamentavelmente.
Há alguns meses, venho notado que a sociedade está brigando entre si por tudo, por pequenas coisas. Eu comecei a observar que com as eleições no Brasil, viramos um pouco de Estados Unidos, ou seja, você é de um partido ou o do partido oposto. Antes não era tão definido assim, e, mesmo que não seja de nenhum, se discordar da opinião já é considerado inimigo.
As amizades estão se desfazendo, os parentes se afastando. Neste ponto, até onde vale a pena essa participação? Com isso também se aflorou os preconceitos. Qualquer frase, posição, uma palavra mal colocada em pensamento é tida como preconceituosa.
Agora, os cursinhos pré-vestibulares não podem mais fazer piada, o fato de dizer que gosta ou não gosta já é interpretado como posicionamento de apoio a movimentos de minoria ou contra.
Fala sério?Isso é discussão de ideias e construção de uma sociedade mais harmônica? Até para escrever esse artigo tenho que pensar o que coloco. Assim tá complicado.
Após as eleições brasileiras, as pessoas continuam em pé de guerra; aquelas que estão a favor do Governo querem que os outros aceitem tudo sem contestar e, os que contestam não sabem fazê-lo com respeito. Com isso só nós perdemos.
Outro dia ouvi um filósofo dizer na televisão que “bom senso é submeter-se” , mas, submeter-se é reconhecer alguma limitação que deverá ser respeitada, e, não se sentir anulado perante o outro. Agora, se fazer de vítima e dizer que tudo é racismo e discriminação, também não é uma boa política.
Logo, bom senso deveria realmente ser a palavra de ordem, porém sem submissão total e sem o uso da chantagem de vítima o tempo todo a todo custo. Espero que esse tempo atual passe bem rápido e que os exageros acabem.
Texto de Monica Rizzo Lopes

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