O REI DO LAR

Semana passada, em um programa que adoro, Saia Justa, uma pauta foi a mudança de comportamento do homem em ser o dono de casa, enquanto a mulher trabalha fora. A base foi o lançamento de um livro de um alto executivo que largou tudo para cuidar da filha e da casa em razão de uma proposta irrecusável de trabalho à sua mulher, para trabalhar em Singapura.
Claro que ela receberia extremamente bem, mas, o companheirismo demonstrado em sua atitude espantou muito gente. Segundo ele, até os amigos olhavam com certa pena. Mas, pena de quê?
Ainda bem tenho conheço homens com esse espírito inovador, do século XXI, eu diria.Até onde vai o machismo por parte dos homens e mulheres que ditam as regras de convivência dentro de casa? Ainda há muito!
Eu mesma conheci uma garota, muito inteligente, 26 anos, estudante de Doutorado que conseguiu um trabalho de professora em Universidade em um estado ainda em desenvolvimento no Brasil, com um excelente salário. Porém, ela recusou porque o seu marido, recém-casada, com filha de um ano, não teria emprego e, teria que ficar em casa. Perdeu a oportunidade!
A tarefa do lar já foi um reino só das mulheres, e, em algumas sociedades, principalmente a americana, os homens compartilham dessa responsabilidade com a companheira sem melindres e muita naturalidade. Porém, em países latinos, ainda preza a máxima “mulher a rainha do lar”, mesmo fazendo dupla jornada de trabalho.
É claro que toda situação é mutável, e, em relação ao executivo corajoso, este, além de fazer uma limonada com um limão, fez uma limonada suíça! Transformou essa experiência em um livro e ganhará dinheiro. Caso, ele tenha uma ótima proposta de trabalho, tenho certeza que irão chegar a um bom consenso na dinâmica da casa.
Eu acredito que o ponto de partida para a mudança de comportamento machista é na educação dos meninos. Desde cedo a mãe ensinar que o cuidado pessoal com suas coisas e, na ajuda em casa, trazendo mais independência, faz com que as tarefas do lar sejam naturais no dia a dia.
Empregada doméstica tem um custo alto! Há muitos países que este tipo de serviço é considerado um luxo. Eu em estada nos Estados Unidos limpo a casa em conjunto com o meu namorado e, até que o trabalho vai mais rápido. Ele limpa uma geladeira como ninguém. Brincadeiras a parte, é muito bom ter parceria para tudo.
E você, homem, conseguiria, mesmo que temporariamente, se sujeitar a ficar em casa e ver sua esposa saindo para trabalhar, enquanto cuida da prole? E, você mãe de meninos, está criando pequenos machistas? Pontos a serem refletidos.
Texto de Monica Rizzo Lopes




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