Questões e polêmicas políticas do Brasil

O ano de 2014 é ano de eleição e de Copa do Mundo no país. Acredita-se que a ênfase está mais para a tal festa de arromba, em todos os sentidos que o interesse de eleição a Presidente, Senador, Governador e Deputados Federais e Estaduais.
Esta que vos escreve, é contra a tal festividade, como uma parcela da população que protestou em junho passado. Não adianta querer promover obras em um país, esperando dinheiro alheio com a desculpa de dar uma festa para o mundo ver. Seria como fazer uma festa de aniversário para o seu filho com o dinheiro de parentes e amigos.
Obviamente, em todos os países têm os seus conflitos e problemas a serem solucionados a médio e longo prazo, alguns em guerra, ideologias em confronto armado, fome, etc. Porém, no Brasil, a impressão que se dá é que a solução sempre será mágica, simplista e, com palavras chaves.
Assuntos muito discutidos em jornais e mídia giram em torno de: educação, saúde, os políticos e a corrupção, privilégios, faltam de incentivos ao esporte em época de Olimpíadas, economia, socialmente com as famosas bolsas auxílios, os banqueiros sempre como vilões, e, o meio ambiente atrapalhando os interesses de exploração energética e moradia.
O solo abençoado do país Brasil, onde tudo se dá, com subsolos riquíssimos, clima agradável, água em abundância, está sendo mal administrado a tempos. A tentativa erro e acerto é um caminho obrigatório, todavia, a cada correção de rota, deveria observar qual o ponto do erro e, não anular tudo e vir com outra fórmula mágica.
EDUCAÇÃO
A educação especificamente está baseada na boa vontade política de liberação de verbas para suprir necessidades matérias e financeiros para salário de professores decentemente. Muitos, por amor a profissão, fazem de forma inusitada o processo de ensino em busca de interesse e dedicação dos alunos.
Não adianta vir agora com escola em período integral, com matérias contemporâneas, com a desculpa de tirar criança da rua ( o que é outro problema), com computadores em sala de aula se, não há nem quatro horas obrigatórias se aprende o português correto, gramaticalmente e, a fazer contas de soma, divisão, multiplicação e diminuição. Nem se fala no ensino de História de formação do povo brasileiro e História Antiga Européia, começo da civilização. Para muitos isso é besteira.
Se for dado de forma correta as matérias clássicas, português, matemática, ciência, história e geografia, o conhecimento geral estará muito bem apreendido pelos alunos  para a formação necessária como um adulto pensante que tem o poder de raciocínio. Conhecimento é a base  para o conhecimento de raciocínio.
Agora se ouve que a escola tem que ser dinâmica, divertida, aprender o que é útil, mas, o que é útil? Se perguntarem para os estudantes as respostas serão variadas.
A língua portuguesa está sendo deturpada e integrada no ensino formal. Pois bem, falar em alguns locais com expressões idiomáticas e com conjugações verbais errôneas pode ser normal sim, todavia, usar de forma profissional ou em ambientes formais é um erro que se está admitindo e não corrigindo.
 Há vinte anos, havia o ensino médio conjugado com ensino técnico, em tempo integral. Logo, algumas pessoas optavam em aprender um ofício antes de ir para a faculdade. A crítica desse programa era de que no ensino médio, as matérias obrigatórias eram fracas, insuficientes para prestar o vestibular. Logo, desvincularam.
Passado esse tempo, vem o Governo Federal surgir com o programa de escola integral com ensino de alguns ofícios, mas com vagas limitadas, como se tivesse descoberto a solução mágica. Então, por que acabou o programa anterior? Falta de análise crítica do que funcionava e até uma melhoria continua de um bom programa. O ego falou mais alto.
A escola em período integral é bem vinda a partir de certa idade, acima de doze anos, em razão da criança até 10 anos ter uma necessidade maior de convívio com familiares, pai e mãe principalmente, para a formação da educação familiar, estreitamento de laços afetivos e formação moral. Essa a família é responsável a dar. A escola tem que passas conhecimento.
Para a conclusão do assunto, a título de experiência pessoal, o meu avô estudou muito pouco, cerca de quatro anos quando criança, porém, nesse tempo, ele aprendeu a escrever corretamente, a calcular, sabia o nome de todos os rios e todos os tipos de florestas que têm no país, e, chegou aprender sobre a formação da raça humana. Essa educação o tornou um homem pensante e extremamente humano, respeitador da natureza.
Hoje quinze de escola não consegue esse resultado.
SAÚDE
Acredita-se ser o calo maior de todo governo, pois é um direito mais que básico da população, essencial. Sem saúde não se produz, não se vive e aumenta o custo social da administração pública.
Esse assunto pode ser subdividido  em: pessoas com doenças raras, doenças graves, pessoa com necessidades especiais, e, doenças cotidianas.
Antes mesmo de desenvolver esses pontos, a prevenção sempre é o melhor remédio; logo, se o governo realmente investisse em tratamento adequado de lixo, saneamento básico e contaminação de água, em torno de 75% das doenças  cotidianas, algumas graves e idas a hospitais diminuiriam.
Claro que algumas regiões brasileiras, o saneamento básico terá que ser em sistema específico em razão da preservação ambiental, como a região norte e parte da região centro-oeste.
O incentivo e apoio governamental, até particular para pesquisas de doenças raras, tratamentos caríssimos são vistos em países desenvolvidos, mas, em países emergentes, como Brasil, ainda está gatinhando. Com exceção de ser referência em doenças infecto-contagiosas. Pode-se ser por ter uma gama de insetos por ser um país tropical.
O tratamento de câncer está progredindo, todavia, a massa sem condições financeiras ainda espera muito por transplante, operações e quimioterapias. Para se ter uma idéia, a mamografia só é atendida pelo SUS – Sistema Único de Saúde após o cinqüenta anos e, demora cerca de dois anos para fazê-lo. Logo, se tiver câncer de mama, pode até morrer aqui.
As pessoas com necessidades especiais e síndromes têm uma proteção legal, mas, ainda não saiu bem do papel. O Estatuto da Criança e Adolescente garante próteses para membros, tratamento privilegiado, todavia, não há registro de aplicação. Em uma reportagem de pedido de auxílio, uma criança necessitava de cadeira de rodas e, a única que tinha foi uma ONG que deu. Estavam pedindo dinheiro na televisão.
Aliás, a saúde é o maior argumento do movimento contra a Copa. Hoje, se grita no hospital quando não atendido se deve levar o filho para o estádio que custou milhões.
Agora, falando da parte que funciona do SUS, como exemplo um hospital que trata de doenças coronárias em São Paulo, Dante Pazzanese, é uma referência de bom atendimento e tratamento de pessoas do país inteiro; mas, para conseguir uma vaga lá é uma via sacra literalmente, em postos e mais postos, com pedidos e relatórios no SUS.
Aliás, o procedimento de conseguir vagas para tratamentos especializados em bons hospitais públicos não são divulgados. Acredita-se que a demanda é maior que o dinheiro investido.

Quanto ás doenças cotidianas, boa parte seria resolvida por saneamento básico e, também pelo controle da poluição. Com o aumento dos gases e metais pesados no ar, aumentou-se o nascimento e o problema de doenças pulmonares e de coração. Isso está relacionado a outro ponto, questão de preservação ambiental e petróleo.
Há remédios não caros a disposição dos pacientes, mas, a burocracia continua; precisa passar pelo SUS, não pode ser médico particular, pegar uma via de pedido próprio e, aguardar um mês para começar a tomar o remédio. É urgente? Vai à farmácia comprar. E, os caros? Tem que entrar na Justiça.
Os planos de saúde dominam a classe média, com um custo para pessoas de 21 a 49 anos de R$ 300,00 a R$ 600,00; após 49 anos, passa ao mínimo de R$ 900,00, chegando a R$2.000,00 mensais.
SOCIAL
A miséria, falando o português claro, sempre existirá, aliás, aumentará. É uma realidade. Logo, ainda chegaremos em uma época futura de que terá um imposto mundial para o financiamento de programas de subsistência. Mas, até que ponto o orçamento público pode ser gasto com isso? E, a análise dos casos realmente que devam ser atendidos? Isso é um problema muito grave e complexo.
Hoje 50% do orçamento da União estão para pagar a bolsa família do país e, a outra metade para todo o resto de investimento necessário do Brasil, com saúde, educação, infra-estrutura, gastos particulares de políticos, privilégios e aposentadorias.
Esse tópico pode se subdividir em pessoas que devam ser protegidas  e o auxílio-miséria.
Fala-se de pessoas protegidas, sendo aquelas com doenças incapacitantes, síndromes mentais, esquizofrênicos, abrangendo alguns moradores de rua, que dependem de um auxílio para sobreviver. Normalmente se paga um salário-mínimo.
Porém, as exigências levam em consideração a situação familiar para conceder tal benefício. E, se sair das regras estabelecidas, este é cortado. Mas, a doença, melhor, a situação da pessoa não muda e não é levada em consideração.



Já, o auxílio-miséria, que chega a pagar mais que um salário-mínimo é mais flexível. Aliás, aumentou-se a idade do recebimento da bolsa família para filhos até 17anos, antes era 14 anos. Mesmo que alguém da família já esteja trabalhando, não sei se é por causa de falta de fiscalização, continua recebendo. E, lamentavelmente, alguns brasileiros, escondem que trabalham para não perder  o benefício.
A ajuda é necessária? É! Mas, precisa ter um programa de desenvolvimento para que esta seja reduzida em tempo médio e fique no máximo do custo governamental de 10%, sendo generoso.
Ocorre que, hoje é a maior base de mantença de eleitorado do atual governo. Isso que deve acabar, senão as outras áreas sempre serão deficitárias nesse país. E, a inversão dos valores, a proteção das pessoas não habilitadas ao trabalho acaba na miséria.
REPRESENTATIVIDADE POLÍTICA
Esse tópico é de certa forma, espinhoso. A corrupção é histórica nesse país, desde o tempo de sua ocupação pelo Rei de Portugal, vindo fugido para o Brasil. Isso é um fato histórico e não uma leviandade.
Para entender melhor como funciona o país, o Brasil tem Presidente da Republica, Vice-Presidente da República, Governadores nos Estados, Senadores, Deputados Federais, Deputados Estaduais, Prefeito e Vereadores.
Para cada 8 anos de mandato, os representantes têm direito a aposentadoria integral, como se fosse funcionário público, plano de saúde para ele e sua família para sempre e, os ex Presidentes da República tem direito a motorista e seguranças. Além, de muitos auxílios como: terno (roupa), viagens de avião, moradia, cartão corporativo, etc.
O custo é altíssimo para o cidadão. Uma pessoa precisa trabalhar 30 anos e ter no mínimo 60 anos para se aposentar com uma média dos pagamentos mensais que raramente chega a 60% do valor que recebia antes. E, eles trabalham 8 anos para ter uma boa aposentadoria?
Primeiro esses privilégios precisam acabar e, se sobrar algum, realmente precisam ser limitados. A questão da segurança dos ex- Presidentes é comum em todos os países, mas, a aposentadoria, dependendo da idade e da profissão da pessoa que ocupou o cargo, pode ser dispensada. Ainda, poderia dispensar o tratamento de saúde. Se o SUS é uma maravilha para muitos, então o use.
Claro que aposentadoria não deveria caber para os outros cargos representativos.
Ideologicamente, pensando em um bom perfil político, em opinião pessoal, as funções executantes, de maior capacidade de gestão, poderia ser desenvolvida por pessoas formada em Administração, Gestão Social, Engenharia em alguns casos. Já, para quem irá legislar, Assistência Social, Direito, Medicina, seriam boas carreiras para compreender as necessidades  e atendimento ao povo.
Isso, claro, pensando sob uma ótica social pois, normalmente essas profissões estão ligadas ao atendimento ao público, principalmente assistência social.
Lendo um pouco sobre a formação política da Alemanha, muitos são escolhidos pela capacitação específica da área que irá atuar e, o raciocínio é lógico.
INCENTIVO AO ESPORTE
O Brasil é o país do futebol, definitivamente. Os outros esportes só tomam algum vulto quando chegam as Olimpíadas, lamentavelmente.
No último Panamericano que ocorreu no Rio de Janeiro, os Governantes prometeram política pública de incentivo ao esporte amador, mais local para treinamento e formação de esportistas.
Veio até uma política que no final, tem uma burocracia enorme, e, até atletas campeões ficaram sem patrocínio. As escolas esportivas administradas por ONGs ficaram a “ver navios” após algum tempo. Não é nada fácil trabalhar na área de esporte.
Em São Paulo havia o Clube Escola, com aula de tênis até! Mas, o atual Prefeito acabou com o programa.
O futebol arte ainda é a bola da vez, esperando um bom olheiro para ganhar dinheiro em cima do menino e, esse sonhar em ser um Ronaldinho ou Neymar da vida.
QUESTÃO DE BANCO
Os discursos de alguns são o mesmo de 30 anos atrás, a elite dos poderosos, a “Corja dos banqueiros” que dominam e exploram o povo; não muda. Mas, qual é o país que não depende de banco? Mesmo que seja público?Até a China teve que aceitar banco privado para girar a economia!
Discurso ultrapassado. Esse incentivo ao ódio pelos ricos só traz mais atrasado na vida. Há pessoas ricas boas e más, como também há pessoas pobres boas e más. O papel de pobre coitado, vitimizado não cabe mais a nós. Uma lógica é certa, a pessoa trabalha por um salário e, com ele conquista os seus desejos, como carro, casa, e outros que queiram. Precisam saber administrar.
Os bancos, servem para gerir o dinheiro se você quiser, há pessoas que guardavam dinheiro no colchão antigamente e, dependendo de alguns, em certas localidades não tem conta em banco.
Não inventaram o dinheiro? Logo com a vida caótica e complicada o banco também foi inventado.
A população pode simplificar a sua vida só com conta poupança. Usa como se fosse conta-corrente. Coloca-se o salário, paga-se as contas e saca dinheiro quando necessário. Não precisa de cartão de crédito, cheque, crédito, etc. Agora, precisa saber viver muito bem com o que ganha.
QUESTÕES AMBIENTAIS
Quem nasceu na cidade não relaciona a integração natureza, clima, cidade e poluição. Logo, a importância de ter uma casa, seja tomando um terreno é maior que saber se a área é de preservação ambiental, um manancial de rio, de nascente.
Os problemas futuros serão jogados nas costas da Prefeitura quando houve invasão de animais silvestres, fim do rio, alagamento da área. A população não pensa do elo de sua atitude e o dano ambiental.
Hoje, sofre por racionamento de água porque as represas estão muito baixas e, muitos dizem que é uma “palhaçada”, mas não colaboram.
O mundo está clamando por fontes energéticas renováveis e, o Brasil ainda acredita que o petróleo do Pré-sal irá salvar o mundo, porém reclama da poluição atmosférica e aumento de temperatura.
É incrível que o Brasil não quer enxergar que países na Europa já investem em cidades sustentáveis sem precisar 100% de petróleo, aliás, quase nada dessa dependência. A Califórnia está investindo em energia solar, carros elétricos e, aqui no Brasil, a população não usa etanol porque não vale a pena economicamente, o valor é mínimo.
As questões de lixo é uma urgência, que ainda traz doenças e pragas como baratas, ratos e, até escorpiões. Há o Plano Nacional dos Resíduos Sólidos para ser cumprido, todavia, as Prefeituras não estão se mexendo muito.
A reciclagem virou febre uma época, porém, ainda hoje, poucos se conscientizaram em realmente fazer isso funcionar. Normalmente são ONGs que trabalham com isso ou Cooperativas. As Prefeituras não investem em áreas públicas com equipamentos para reciclagem e aproveitamento de materiais.
ENFIM...

Soluções e caminhos para uma administração melhor sobre esses assuntos já estão escritas, já foram pensadas há anos e anos, mas, a cegueira moral e egocêntrica de alguns governantes não as aceitam.
Os pontos polêmicos têm meios ou pelo menos, uma redução na sua gravidade, porém enquanto o povo escolhe pessoas erradas e, estas pensam apenas no bem estar próprio, ainda verei o Brasil não sair desta estaca zero.
Pessoalmente, eu ouvi pessoas dizerem que aqui não se dá valor a nada porque não sofreu uma guerra, não sabe o que é fome de verdade; eu, não gostaria que o Brasil passasse por isso, porque a guerra pode trazer algumas reações, mas, traz muito trauma e outras conseqüências trágicas para a população.
Essa é uma visão de uma cidadã brasileira que espera ver seu país melhor.

Texto de Monica Rizzo Lopes

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