O QUE QUEREM DE MIM COMO RELIGIOSO?

Isso é fato incontestável, um dos motivos para os flagelos humanos:

“O fanatismo religioso é um dos grandes responsáveis pela maioria dos flagelos e atrocidades da humanidade em todos os tempos.”

Pessoalmente, nasci, cresci e pratico a religião católica romana,como boa parte do povo brasileiro, que se divide ultimamente, com o movimento evangélico em grande porcentagem.
Mas, para adquirir a maturidade na fé, já me afastei e reaproximei da igreja algumas vezes; atualmente, católica praticante, como se dizem para quem vai à missa aos domingos.

Porém, na penúltima missa, essa questão veio à tona em razão do discurso de um padre novo, sobre o que é ser um bom cristão, e, em resumo, ele disse que é aquele que freqüenta a igreja todos os dias e vive em comunidade. Até que ponto há razão esse discurso?

Data máxima vênia, como se diz no juridiquês, eu discordo um pouco. Se levarmos para esse lado, o fundamentalismo e o fanatismo não trarão a prática da tolerância e solidariedade entre os diferentes irmãos, de outras crenças e não crenças.

Haja vista a luta na região árabe contra o mundo (ocidental) que argumenta a fazer tudo o que faz em nome da fé, não respeitando outros pontos de vista. A violência gerada sob a “verdade absoluta” não ajuda na paz mundial.

“Eu cresci ouvindo, “ajudai sem olhar a quem”, “ amai o próximo como ama a ti mesmo”, e outros verbetes bíblicos  que estimulam amor, solidariedade e caridade. Sábio é Dalai Lama, quando afirmou que reconhece que o mundo é tão diversificado que uma única fonte de fé, no caso o budismo, não resolveria o problema do mundo. Aliás, seus livros e ensinamentos são bons complementos a outras formas de fé.

Ter fé é muito mais que freqüentar um templo, não que isso não ajude; ter disciplina na fé é muito importante para o aperfeiçoamento de sua prática.
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No tempo de Cristo, essa visão apresentada pelo padre era de grande significado, pois, os adeptos ao cristianismo eram perseguidos e viviam segregados, exceto os discípulos; ainda, normalmente, eram pobres e até escravos, não participando de forma concreta no “mundo” das outras classes sociais.

Porém, nos dias de hoje, tudo é diferente.A adaptação dos ensinamentos enfrenta muito mais adversidade no meio de uma aparência homogênea; tudo é misturado. Mas, a meu ver, se você for realmente bom, de alma, saberá colocar em prática os ensinamentos da fé, sem agressões e segregações.

“Há um ditado no Brasil que se diz:” 8 ou 80”, pouco ou muito, e, bom senso e respeito são duas palavras mágicas para a inter-relação entre pessoas com religiões diferentes, como também, dentro da sua, com alguns excessos de algum irmão te julgando. Só Deus sabe realmente a sua prática de fé!


Texto de Monica Rizzo Lopes

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