Quem realmente é ético?


Alguém se lembra da propaganda da Tostines que dizia: Tostines vende mais porque é fresquinho, ou, é fresquinho porque venda mais? Pois é, eu me pergunto, é ético quem tem valores morais herdados e seguidos, ou, os valores morais vêm da ética que se ensina e se respeita?
Esse tema tem sido muito estudado por mim, essa blogueira que vos fala, no último ano. Mesmo por uma parada nos estudos por conta de outras urgências, ainda tento compreender até que ponto podemos abranger a prática da ética.
Em um livro filosófico percebi que na política ética, na verdade não existe; é um conceito vago, e, muitas vezes hipócrita para com a sociedade. Aliás, não sendo tão dura assim, o procedimento de ética política é peculiar e diferente entre políticos, com outras bases fora dos valores morais.
Realmente, de fato a ética está intrinsecamente ligada  ao ato moral que para ser considerado bom, precisa ter intenção, propósito, motivo ou disposição, trazendo bem estar ao  homem e ao próximo.
Platão, em seus estudos, já partira na construção do conceito de ética de que é algo que é bom e proveitoso para o homem. Logo, o político, na maioria das vezes, coloca o interesse individual na frente do coletivo, com discurso contrário para os demais.
Agora, para nós, pessoa comum como pode ser éticos? O respeito à lei já é um ponto de partida, como também, o tratamento civilizado diários entre pessoas, em filas, no trabalho, no cuidado com o manuseio do dinheiro, na mensagem educacional ao filho, e outros aspectos.
Na última semana, visitei a cidade natal de minha mãe, e, fiquei sabendo que o candidato a Prefeito eleito, comprou votos por R$ 200,00; aliás, todos que venderam, não tiveram a vergonha de comentar; além, trouxeram pessoas de outras regiões com transferência de títulos para votarem no partido.
Com notícias quase diárias do famoso “mensalão” e a corrupção que impera no nosso sistema, eu pensei: quem será que está sendo corrupto no caso da eleição nessa cidade? O partido, o povo ou ambos? E, também pensei: será que a necessidade faz você tomar qualquer atitude até vender o seu direito para uma pessoa gananciosa?
Na verdade, a falta da construção educacional de um pensamento crítico e livre faz com que o voto cabresto ainda continue no país em novo formato. Dessa forma, não culpo aqueles que anulam ou votam em branco, pelo menos, eles não se vendem. E, se nessa hora, onde o povo tem o poder de escolha, o vende, como fica então, os atos éticos diários no seio familiar?
Para ser ético, o homem precisa buscar conhecimento, distinção do bem e do mal, ter noção que está em um coletivo, e ter firmeza pessoal. Espero que se invista em seres pensantes na escola, livre de fanatismo, dogmatismo e lavagem cerebral de ideologias que o Estado queira implantar no país. Ser livre na verdade, é ser responsável por si mesmo e por suas escolhas, sabendo pensar por si próprio. Chega de manipulação!

Texto de Monica Rizzo Lopes

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