O TEMPO E SUAS VONTADES

Quem somos nós em acreditar que somos donos do tempo? De realizarmos o que queremos no tempo que desejamos? Doce ilusão.
Eu não sei se é Deus ou uma conspiração da vida que faz algumas coisas acontecer realmente no tempo certo. A questão é a tal da ansiedade ser administrada ou até transformada em paciência durante esse percurso.
É claro que algumas vezes o primeiro passo é nosso, mas, de fato, a concretização tem um tempo a percorrer.
O artigo proposto é mais uma reflexão sobre como lidamos com isso. Sabe aquele projeto, livro, estudo parado na gaveta? Ou o casamento que não acontece em um relacionamento longo, o curso desejado que vem juntando dinheiro para fazê-lo? Como você lida com isso?
Quando se é criança, não se tem noção do amanhã, da espera; quando se é adolescente, o tempo é como inimigo porque se quer fazer tudo em um único momento; quando se é jovem, começa-se a administrar um pouco mais o tempo a médio prazo, porém, há sempre a frustração de que se perde algo, que poderia ser mais rápido.
Agora, quando a pessoa está na fase pós 40 anos, percebe a benesse do tempo em aguardar o melhor momento de usufruir o que se deseja. Parte das preocupações parece boba e, normalmente se diz: “com o tempo se resolve”.
É verdade! O pagamento da dívida só com o tempo; a dor de um amor se volta ou se apaga, só com ele; o projeto na gaveta, também, quando a sua cabeça mudou e a inspiração correta é outra; enfim, precisamos da tranqüilidade para tomar decisões, continuarmos um projeto, resolvermos alguns problemas relevantes.
Nunca me esqueço de um ditado que li em um livro de Dalai Lama que diz: “não adianta de preocupar, pois se tem solução irá ser resolver, e, se não tem, assim será.” Logo,o meu conselho é ficarmos amigos do Tempo porque ele é o nosso companheiro de vida.


Texto de Monica Rizzo Lopes

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