A COMPLEXIDADE DO NÓS

Eu   creio que a vida é um permanente exercício diário de estar bem fisicamente, mentalmente e sentimentalmente. Ser  “EU” já não é fácil, agora, imagine sermos “NÓS”, como casal? São dois “EU”s querendo manter a individualidade e, ainda assim, se difundir em um.
Eu acabei pensando nesse ponto, quando assistiu um seriado bobo, norte americano, no qual eu gosto e treino o meu inglês, How i met your mother, em que em um epsódio, a personagem Robin não conseguia ter atitudes de casal com o namorado, e, isso demonstrava que não queria realmente se relacionar.
O principal ponto é a perda parcial da liberdade, da perda da ação de sua própria vontade no momento que você quer. Sabe aquele churrasco que toca samba e ele odeia? Ou, aquele sábado que você fica lendo o dia todo e ele quer ver o futebol com você? Ou, então, aquela viagem com amigos, a qual ele não tem como  ir junto e, você fica na dúvida se vai ou não?
Tudo isso é um exercício diário de decisões, conversas, concessões que o “NÓS” pratica. Ainda, os “EU”s precisam se equilibrar para manter os laços de sentimentos com respeito. O principal, conhecer os próprios limites.
Tenho amigas que quer muito um namorado, um companheiro, uma família, mas não abrem mão de nada de sua vida do presente. Certíssimas em se divertirem, mas, será que não conseguem por não cederem um pouco em seus pontos de vistas? Ser “NÓS” tem vantagem e desvantagem. Como em tudo na vida.
De outro lado, é bom fazer atividades juntos, seja uma simples caminhada no fim da tarde, cozinhar juntos, ver um filme, ir ao teatro no meio da semana, dividir os deveres domésticos, ficar um pouco mais tarde na cama, ajudar na palavra cruzada dele, um lugar diferente juntos, entre outras coisas. Sabe a sensação que tem alguém compartilhando o ar, o lugar com você? É bom sentir também.
Nada é perfeito, com seus dias plenos e outros turbulentos, mas a graça está aí, simplesmente no exercício de nos doarmos, sem nos desrespeitarmos. Vale a pena tentar.


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