Artigo acadêmico sobre Sistema de Gestão Ambiental - minha autoria
Tenho o prazer de compartilhar o meu trabalho conclusivo de curso da Pós de Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável pela UNINTER, com nota 10! Conhecimentos devem ser compartilhados, apenas se quiserem citar trechos do trabalho ou idéias, por favor colocar a fonte e autoria de Monica Rizzo Lopes,monografia, Pós-graduação Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável da Uninter-BR, ano 2013. Grata!
"METODOLOGIA DE SISTEMA DE GESTÃO SUSTENTÁVEL PARA EMPRESAS DE PEQUENO E MÉDIO PORTE
Monica
Rizzo Lopes[1]
Orientador
– Rafael Lopes Ferreira
RESUMO
Esta
pesquisa tem como tema a apresentação de uma metodologia de sistema de gestão
sustentável para empresas de pequeno e médio porte, em razão da complexidade de
prática das metodologias das certificações atuais. Os objetivos consistem em aplicar
a Agenda 21 nacional, cumprir o artigo 225 da Constituição Federal,
desmistificar o mito de dificuldade de colaboração com o meio ambiente por
parte das empresas menores, e, validar positivamente a mudança nas ações de
forma sustentável para a prática de uma economia verde com benefícios. A
metodologia aplicada no trabalho consistiu na análise e estudos bibliográficos
de métodos de SGA existentes, método de um Sistema de Gestão Social e, estudos
de casos práticos de sistema de gestão ambiental com pequenas mudanças
estruturais, viável para todos como apresentou a reportagem do Jornal
Vitoriosa, como exemplo, a mudança do sistema de refrigeração de alimentos e
captação de energia em um restaurante. O Sistema de Gestão Ambiental
apresentado merece desdobramento detalhado em futuro trabalho.
Palavras
- chaves: SGA. Sustentabilidade. Empresas. Economia Verde. Agenda 21.
INTRODUÇÃO
Normalmente,
ao pensar em um sistema de gestão ambiental, o foco está na busca de uma
certificação ou selo ambiental que proporcione a continuidade no mercado e
aumento de vendas, todavia, na maior parte da atitude de implantação da
iniciativa, parte de empresas de grande porte e transnacionais.
As
empresas pequenas e de médios portes estão em um campo mais limitado, tanto
financeiramente, quanto ao reflexo imediato das cobranças de mercado. Na
prática, elas aderem a alguma ISO, no caso de cobrança de clientes de seus
produtos, que são utilizados em linha de produção de outra empresa.
O tema de pesquisa tem o escopo de
materializar a construção de uma metodologia de SGA para pequenas e médias
empresas, acessível e prático respeitando a limitação econômica e, ao mesmo
tempo, demonstrando a viabilidade de usufruir os benefícios e ganhos no meio
ambiente laboral, na economia em médio prazo de recursos naturais, de água, de
luz e de matéria-prima. Não há uma necessidade primordial nessa fase de uma
busca a uma certificação, todavia, uma publicidade informativa ambiental feita
pelo Departamento de Marketing da empresa proporcionará o conhecimento de suas
atitudes empresariais ecológicos ao público-alvo, consumidor ou empresas consumidoras
de seus produtos.
O tema traz um desafio de simplificar um
sistema de gestão sustentável sem onerar demasiadamente um grupo de empresários
que contribuem significativamente para empresas transnacionais ou para
consumidores com produtos limitados no mercado. Dessa forma aumenta-se a
aplicação da Agenda 21 nacional com números maiores de empresários proativos.
AGENDA 21, PNMA E O ARTIGO 225 DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
A Constituição Federal do Brasil é tida
como uma das constituições mais sociais do mundo e, prestigiou o direito ao
meio ambiente em um artigo-capítulo, artigo 225, o qual protege o meio ambiente
natural, cultural e artificial. Já quanto ao direito laboral, ainda não
expresso de forma clara no artigo, pode-se considerá-lo na proteção ambiental
com fim de boa qualidade de vida e bem estar social para os atuais e futuros
moradores do planeta.
O artigo 225 [2]deixa
claro para os atores sociais, os empresários, e respectivamente a suas Pessoas
Jurídicas, responsabilidades no cuidado ao meio ambiente, como se vê em alguns
incisos e parágrafos do artigo, que dispõe:
“Art. 225. Todos têm direito ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à
sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever
de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
§ 1º - Para assegurar a efetividade
desse direito, incumbe ao poder público:
IV - exigir, na forma
da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de
significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental,
a que se dará publicidade;
V - controlar a
produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que
comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;
VI - promover a educação ambiental em
todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do
meio ambiente;
§ 3º - As condutas e atividades
consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas
ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da
obrigação de reparar os danos causados.”
Percebe-se que criou a figura criminal
da Pessoa Jurídica, endurecendo a rigidez legal quanto aos agressores
ambientais e suas atividades. O direito ambiental, há pouco tempo reconhecido,
assume um caráter transindividual, ao qual todos, Estado, Ministério Público,
sociedade são responsáveis por sua proteção, ao mesmo tempo beneficiários dela.
Segundo Lemos (2008), na década de 80, a
consciência ecológica tomou corpo e influenciou no sancionamento da legislação
infraconstitucional nº 6.938, de 31.08.81, antes da própria atual Constituição
e o artigo acima citado. Ao decorrer sobre o assunto, Lemos continua a citar o
propósito do PNMA: “manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meio
ambiente como um patrimônio publico a ser necessariamente assegurado e
protegido, tendo em vista o uso coletivo.”
Vale a pena colocar em evidência sobre
os objetivos da Política Nacional do Meio Ambiente[3],
conforme Berté (2009), que afetam as empresas diretamente, os seguintes pontos:
·
A compatibilização do desenvolvimento
econômico-social com a preservação da qualidade do meio ambiente e do
equilíbrio ecológico;
·
Estabelecimento de critérios e padrões da
qualidade ambiental e de normas relativas ao uso e manejo dos recursos
naturais;
·
Desenvolvimento de pesquisas e de tecnologias
nacionais orientadas para o uso racional dos recursos ambientais;
·
Imposição, ao poluidor e ao predador, da
obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados, e, ao usuário, da
contribuição pela utilização de recursos ambientais com fins econômicos.
Para a consolidação e maior
comprometimento das empresas à proteção ambiental e a nova tendência de um
sistema de vida mais sustentável no planeta, a Agenda 21 sacramentou por
assinaturas de vontades, de forma voluntária, segundo Lemos (2008)[4], o
compromisso em colocar em prática algumas ações como:
·
Atingir crescimento sustentável, pela
integração do meio ambiente e desenvolvimento, aos processos decisórios;
·
Tornar o mundo habitável pelo trato das
questões de suprimento de água às cidades, da administração dos rejeitos
sólidos e da poluição urbana;
·
Gerenciamento dos resíduos químicos e
perigosos, e nucleares(Soares, 2001, p.83).
Os pontos cruciais de mudança de
administração em uma gestão ambiental empresarial estão presentes, sendo eles:
resíduos sólidos, introdução da proteção do meio ambiente em processos de
produção, cuidados com o uso racional da água, a redução de poluentes na cidade
e, por fim o gerenciamento de resíduos químicos e perigosos.
Com o passar dos anos, sistemas de
gestões ambientais foram criados para solucionar esses pontos cruciais,
todavia, a complexidade de implantação apenas deu oportunidades às grandes
empresas, principalmente pela dificuldade de seu alto custo. Sendo o próximo
item uma breve análise do desenvolvimento de SGA´s e suas características.
BREVE
EXPLANAÇÃO DA ISO 14.001 E OUTRAS CERTIFICAÇÕES
Sistema de Gestão Ambiental em
conceitualmente, segundo Berté, em explanações em aula de Gerenciamento
Ambiental Pública e Privada, definiu como “ conjunto de atividades
administrativas e operacionais interrelacionadas para abordar os problemas
ambientais atuais ou para evitar o seu surgimento.”
Entretanto, para a construção de um
sistema de gestão ambiental se parte automaticamente do conceito do PDCA, seja
ele simplificado ou mais complexo na sua estrutura. Conforme gráfico abaixo,
todo o sistema perpassa por 4 ações: planejar, organizar, implementar e
controlar.
Para cada ação são definidos os seguintes pontos:
(figura
1 – ações respectivas do PDCA, descritas em aula da matéria GERENCIAMENTO AMBIENTAL PÚBLICA E
PRIVADA –SGA)
A partir desse conceito, a ISO 14.001, o
EMAS, e, o próprio ICC buscaram colocar em práticas regras para a inserção do
gestão ambiental dentro do ambiente empresarial num processo como um todo.
O EMAS, certificação praticada na
Comunidade Europeia, segundo aula 03 da matéria do curso Gerenciamento
Ambiental Pública e Privada, tem como objetivos
na promoção da melhoria contínua a seguinte linha de atuação:
·
Concepção em implementação conforme os
requisitos estabelecidos;
·
Avaliação sistemática, objetiva e periódica
do desempenho desse SGA;
·
Fornecimento de informação sobre o
comportamento ambiental e um diálogo aberto com a comunidade e com as outras
partes interessadas;
·
Participação ativa dos colaboradores.
Já o ICC, segundo aula 03 da matéria do
curso Gerenciamento Ambiental Pública e Privada, tem como objetivos em um SGA:
·
Assegurar a conformidade com a legislação
local, regional, nacional e internacional;
·
Estabelecer política internas e procedimentos
para que a organização alcance os objetivos ambientais propostos;
·
Identificar e administrar os riscos
empresariais resultantes dos riscos ambientais;
·
Identificar o nível de recursos e de pessoal
necessários para implementar o SGA.
No entanto a ISO 14.001, elaborada com a
intenção de padronizar sistemas de gestão, foi concebida de forma mais
completa, observando mais fatores detalhadamente, cuja adoção universal
facilitaria a credibilidade de milhares de empresas.
Segundo Pedroza (2012[5]),
em vídeo pedagógico, publicado em internet em 03 de julho de 2012, explica de
forma simples o passo a passo da implantação da ISO 14.001, observando na norma
técnica, os seguintes pontos:
4.1 requisitos legais;
4.2 política ambiental;
4.3.1 definição dos aspectos e impactos ambientais;
4.3.2 requisitos legais e outros;
4.3.3 objetivos, metas e programas;
4.4.1 recursos, funções, responsabilidades e autoridades;
4.4.2 competência, treinamento e conscientização;
4.4.3 comunicação;
4.4.4 documentação;
4.4.5 controle de documentos;
4.4.6 controle operacional;
4.4.7 preparação e respostas à emergências;
4.5.1 monitoramento e medição;
4.5.2 avaliação e atendimento aos requisitos ambientais e
outros;
4.5.3não conformidade, ação corretiva e ação preventiva;
4.5.4 controle de registro;
4.5.5 auditoria interna
4.6 análise pela administração.
O SGA veio, segundo Berté (2009, p. 182)[6],
“como modelo de desenvolvimento para o futuro: o modelo que propicia o crescimento, a expansão de
empregos de qualidade, o aumento da
produtividade, o surgimento de novos nichos de mercado e a melhoria da
qualidade de vida.”
Em todos os sistemas apresentados,
alguns pontos são unânime como consenso comum de observação, prática e
essencial:
·
Observações e cumprimento de legislações e
normas;
·
Envolvimento de todas as pessoas pertencentes
à empresa;
·
Definição de escopo, objetivos e metas;
·
Avaliação de aspectos e impactos ambientais
da atividade;
·
Monitoramento e fiscalização do processo de
implantação;
·
Intenção de melhoria contínua.
Diante dos pontos em comum, o artigo
científico propõe a replicabilidade de uma metodologia de gestão aplicada em
organizações sociais, adaptada para a questão ambiental, de forma simples e
acessível aos empresários de visão com pequenas e médias empresas.
PROPOSTA
DE UMA SGA PELO SISTEMA TREVO
Como público-alvo apresenta-se empresas
de atividades limitadas, com processamento de um ou dois produtos, prestações
de serviços, ou fornecedoras de matérias-primas para outras empresas de grande
porte.
Normalmente, pequenas empresas, como
exemplo que fabricam alimentos, objetos como escovas, pentes, parafusos, e
outras atividades, que funcionam, em grande maioria em bairros de zona mista,
comércio e residência, pequenos hotéis, não se vêem responsáveis por uma
necessidade de implantação de SGA.
O quadro de empregados é menor e de
maior facilidade de realizar treinamentos entre os operários, geralmente, não
ultrapassam 1.000 empregados.
Com relação à conscientização dos
operários, esta se faz de forma mais técnica, estimulando a cooperação com
algum benefício em que o próprio empregado se interesse. Em geral, o estímulo
algo ao lazer, cursos de qualificação ou, aumento de salário ou bônus como
prêmio ao aumento de produção apresentado.
O sistema Trevo [7]tem
a proposta de uma implantação de SGA, a primeira vista sem intenção de
certificação internacional, mas, com a finalidade de demonstração de que a
empresa é responsável e pratica a economia verde, tão aclamada e necessária no
atual século.
O modelo Trevo foi criado em um guia de
gestão proposto pelo SENAC, para Organizações não governamentais, e, a sua
replicabilidade em gestão ambiental é perfeitamente possível.
O modelo Trevo de gestão sustentável
baseia-se:
As folhas se integram e perpassam entre elas,
trazendo aspectos de viabilidade entre recursos e serviços, qualidade entre
pessoas e serviços, direcionamento entre os serviços e a sociedade, e,
capacidade entre pessoas e recursos. Em quadro abaixo, cada folha do Trevo
engloba os seguintes aspectos:
Pessoas
|
Sociedade
|
Recursos
|
Serviços
|
·
Iniciativa do empresário;
·
Definição do plano de ação;
·
Envolvimento de todos que trabalham na
empresa;
·
Áreas: administração, marketing,
operacional.
|
·
Atenção ao consumidor;
·
Atenção à legislação e órgãos
fiscalizadores;
·
Tratar da imagem da empresa.
|
·
Planejar recursos financeiros;
·
Ver maquinários de tecnologia P+L;
·
Análises de custo de produção;
·
Layout da empresa
·
Produto ecodesign.
|
·
Metas de melhoria;
·
Comunicação entre stakholders;
·
Análise das metas alcançadas;
·
Análise das condições legais.
|
(Figura 02- enquadramento para visualização de
ações na prática em cada etapa do modelo Trevo,conforme análise e
desenvolvimento da própria aluna)
O modelo de gestão se desenvolve por
fases da seguinte forma:
1.Elaboração de um diagnóstico crítico das condições da
empresa, com a assistência de um gestor ambiental independente, diagnosticando
e aconselhando pontos de mudança.
2.Análise do diagnóstico e definição dos pontos de
mudança, prazo para implantação, com a finalidade de se tornar ecoeficiente.
3.Estabelecimento expresso de Carta de Compromisso Ecoeficiente
que contenha obrigatoriamente metas de: redução de energia, água e CO2; destino
correto de resíduos sólidos; redução do uso de papéis em departamentos da
empresa.
4.Planejamento em etapas por mudanças estruturais e
maquinários ecoeficientes aplicando o P +L.
5.Treinamento de operários e, maior qualificação para os
operários que trabalham em maquinários novos ecoeficientes.
6.Monitoramento de emissão de gases de efeito estufa na
empresa e nos transportes com gráficos comparativos documentados.
7.Após um ano de implantação, novo diagnóstico de
andamento para averiguar o desenvolvimento e resultados da gestão ambiental. E,
a divulgação para os stakeholders.
8.Acompanhamento do setor de marketing desenvolvimento
comunicação interna e externa com todos os stakeholders,
utilizando como base informações de marketing verde no site da empresa, rótulos
de produtos e emails para
fornecedores, como exemplos.
9. Nova construção de diagnóstico de manutenção por
gestor ambiental independente.
Com resultados positivos e demonstrados
em dois, três anos da SGA implantada, caso a empresa tenha interesse em
alcançar alguma certificação, a transformação para as regras da norma já será
facilitada, reeditando a Carta de Compromisso com as regras da Política
Ambiental, compilando em um Manual as regras operacionais de trabalho, e, com
relação ao controle operacional e o seu monitoramento, a empresa já está em
pleno funcionamento. Apenas tendo que acrescentar a questão de operações de
riscos e rotas de correção.
EXEMPLOS
PRÁTICOS JÁ DESENVOLVIDOS
Já constatado em um artigo científico
elaborado pela autora do presente trabalho, empresas de grande porte estimulam
e inter-relacionam com os seus funcionários, valorizando os momentos de lazer
dentro da empresa, com a construção de quadras esportivas, churrasqueiras,
academias, áreas verdes, sendo administrado pelo setor de Recursos Humanos.
Todavia, no caso de pequenas empresas,
em vídeo veículo pelo sítio do Youtube, sobre reportagem feita na cidade de
Uberlândia[8], o
repórter constatou que um restaurante recicla o seu óleo de cozinha fabricando
o sabão, e, substituiu os freezers e geladeiras convencionais por uma câmera
fria que ao longo do tempo conserva melhor os alimentos, evita desperdício e
gera economia na conta de luz.
Há também o exemplo de uma clínica
médica, na mesma reportagem que reduziu o gasto de copos plásticos com adoção
de canecas para os funcionários e, uma política de conscientização de uso de
interruptores em salas para reduzir o uso de luz desnecessariamente.
Podem-se gerar inúmeras idéias para o
empresário como:
·
Uso de torneiras inteligentes nos banheiros;
·
Uso de timer de luz se constatar que não há
pessoas no ambiente;
·
Uso de placas de energia solar para alimentar
a energia elétrica ou aquecimento de água se necessário à atividade;
·
Troca de máquinas ecoeficientes;
·
Troca de veículos menos poluentes;
·
Modificação na estrutura de trabalho
operacional que aproveite melhor a luz solar;
·
A adoção de copos e xícaras não descartáveis
para os funcionários;
·
Política de uso de documentos eletrônicos
restringindo os motivos de impressões em papel; e outras.
O que percebe na vida prática é que,
segundo Dowbor (2003), em palestra sobre o tema Estado, empresa e Sociedade
Civil, afirma que “estamos em uma mudança de rumos profundos...” e essas
mudanças acima apontadas materializadas trazem o empresário como ator social
responsável, cumprindo o seu papel na sociedade.
Pois, segundo palavras de Dowbor (2003)[9], “
é relativamente novo no Brasil a construção de um espaço de consenso, (...) o culpado não vai
aparecer, nós temos que fazer articulações dinâmicas, renovadas...”
Diante do que foi exposto, qual a
conclusão dada? Qual é o alcance de todos esses esforços despendidos em uma
SGA?
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Este trabalho de conclusão de curso teve
por objetivo apresentar uma metodologia de sistema de gestão sustentável para
pequenas e médias empresas, observando e analisando regras legislativas e de
normas de SGAs já existentes.
A finalidade da metodologia, modelo
Trevo, utilizada em gestões de organizações sociais e viavelmente bem aplicadas
para gestões ambientais, demonstrou que:
·
Conseguiu colocar em prática a Agenda 21
Nacional;
·
Conseguiu cumprir o artigo constitucional de
proteção ambiental;
·
Apresentou pontos em comum com a aplicação de
regras já existentes em sistemas de gestões ambientais disseminados nos países;
·
Desmitificou a dificuldade de implantação de
uma economia verde em empresas menores;
·
Demonstrou que há viabilidade e vantagens no
mercado em implantar um sistema de gestão ambiental em empresas de médio e
pequeno porte;
·
Acredita ter incentivado o empresário a
implantar uma SGA para obter economia de custas e lucros a médio prazo.
A construção de um novo paradigma de
atuação empresarial e econômica no planeta está apresentando aspectos
importantes e positivos, beneficiando a sociedade como um todo, com maior tempo
de vida, boa qualidade de vida, responsabilidade mútua na proteção ambiental,
com o exercício de um direito transindividual.
A metodologia buscou simplificar e
viabilizar a implantação de um SGA, sendo possível o seu desdobramento em
maiores detalhamentos de desenvolvimento para contemplar a sua facilidade de
implantação.
Acima de tudo, vale estar sempre
presente a visão de que uma Pessoa Jurídica é antes de qualquer coisa, a
vontade de seu fundador, o empresário que acredita na transformação da
sociedade e na construção de um novo paradigma econômico verde.
REFERÊNCIAS
BERTÉ, Rodrigo.Gestão Socioambiental no Brasil. Curitiba:
Editora IBPEX, 2009.
Berté, Rodrigo. Aula
03. Gerenciamento Ambiental Pública e Privada – SGA. 2012. Pós- Graduação
Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável.
CONSTITUIÇÃO
FEDERAL, artigo 225. Editoração especial da Associação dos
Advogados do Brasil. São Paulo.Ano 2008 .
DOWBOR, Ladislau. Palestra
Empresa e Sociedade Civil. Realizada em 09/2003. Em data de 04 de janeiro
de 2013. Sítio http://youtu.be/NpQixgr-nnE.
Fundação Abrinq. Guia de Gestão – Para quem dirige entidades sociais. Capítulo 1. Editora Senac, São
Paulo. Ano 2002.
LEMOS,PatriciaFagaIglecias. Direito Ambiental –
Responsabilidade civil e proteção ao meio ambiente. Parte II, capítulos I e II. 2ª edição. São Paulo:Editora Revista
dos Tribunais, 2008.
LOPES, Monica Rizzo. Monografia: Reflexos Diretos e Indiretos da Implantação da ISO 14.000 – Gestão
Ambiental para o meio ambiente laboral. Faculdades Metropolitanas Unidas.
2007. Orientadora Dra. PatriciaFagaIglecias Lemos.
PEDROZA,
Deivison. Vídeo: Implantando uma SGA.
Publicado em 03/07/2012. Em 06.01.13. http://youtu.be/EGLcylFGmDo .
Vídeo. Reportagem Jornal Vitoriosa.Empresas adotam idéias sustentáveis para reduzir custos. Em 06.01.13. http://youtu.be/V3X2VRH-smI
.
[1]
Lopes,
Monica Rizzo. Advogada, formada em Direito pela FMU, ano 1997; pós-graduada em
Gestão do Terceiro Setor pelo SENAC, ano 2006 e, em Direito Ambiental pela FMU,
ano 2007. Aluna do curso de Pós-Graduação em Gestão Ambiental e Desenvolvimento
Sustentável pela FATEC/FACINTER, RU número 760348.Orientador: Rafael
Lopes Ferreira, Gestor Ambiental (Faculdades Integradas Camões / PR),
Especialista em Biotecnologia (Pontifícia Universidade Católica do Paraná
(PUC/PR)), orientador de TCC do Centro Universitário InternacionalUninter.
[2]LOPES,
Monica Rizzo. Monografia: Reflexos Diretos e Indiretos da Implantação da ISO
14.000 – Gestão Ambiental para o meio ambiente laboral. Faculdades
Metropolitanas Unidas. 2007. Orientadora Dra. PatriciaFagaIglecias Lemos.
[3]BERTÉ,
Rodrigo.Gestão Socioambiental no Brasil. Editora IBPEX. Curitiba. 2009.
[4]LEMOS,PatriciaFagaIglecias.
Direito Ambiental – Responsabilidade civil e proteção ao meio ambiente. Parte
II, capítulos I e II. 2ª edição. Editora Revista dos Tribunais. São Paulo.
2008.
[5]PEDROZA,
Deivison. Vídeo: Implantando uma SGA. Publicado em 03/07/2012. Em data de
06.01.13. http://youtu.be/EGLcylFGmDo
[6]BERTÉ,
Rodrigo.Gestão Socioambiental no Brasil. Editora IBPEX. Curitiba. 2009.
[7]Fundação
Abrinq. Guia de Gestão – Para quem dirige entidades sociais. Capítulo 1.
Editora Senac, São Paulo. Ano 2002.
[8]Vídeo.
Reportagem Jornal Vitoriosa.Empresas adotam ideias sustentáveis para reduzir
custos. Em data de 06.01.13. http://youtu.be/V3X2VRH-smI
[9]DOWBOR,
Ladislau. Palestra Empresa e Sociedade Civil. Realizada em 09/2003. Em data de
04 de janeiro de 2013. Sítio http://youtu.be/NpQixgr-nnE."
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